Aprenda a não se tornar insensível como um robô
Confira como não perder suas habilidades humanas
Provavelmente, você já descobriu que um amigo estava triste ou feliz apenas observando suas expressões faciais e o seu jeito de movimentar o corpo. Isso acontece porque todo ser humano possui a habilidade de reconhecer sentimentos com base em gestos corporais. Entretanto, muitos jovens estão correndo o risco de perder essa capacidade. Um estudo da Universidade da Califórnia sugere que o uso exagerado de celulares, computadores e tablets pode levar crianças e adolescentes a ter dificuldade para entender emoções transmitidas pelo olhar e pelas expressões faciais. A pesquisa foi publicada em agosto na revista acadêmica Computers in Human Behavior.
Os cientistas compararam dois grupos de pré-adolescentes com idades entre 11 e 13 anos. Um dos grupos permaneceu em um acampamento durante cinco dias e foi proibido de usar equipamentos tecnológicos. Esses jovens fizeram atividades ao ar livre, em contato com a natureza. O outro grupo não foi para um acampamento e pôde usar equipamentos eletrônicos normalmente. As crianças que ficaram sem tecnologia acertaram mais vezes as emoções mostradas em fotografias e vídeos do que aquelas que permaneceram conectadas.
Falta atenção e sensibilidade
O estudo não confirma se a dificuldade para entender emoções está diretamente ligada ao uso de equipamentos eletrônicos. Entretanto, uma questão parece certa: crianças que passam mais tempo em contato com outras têm mais facilidade para interpretar expressões faciais e gestos do que aquelas que gastam muitas horas em frente às telas.
Sérgio Senna, doutor em psicologia e professor do Instituto Brasileiro de Linguagem Corporal (Ibralc), explica que o mundo virtual estimula a criança a fazer várias atividades ao mesmo tempo e isso leva à perda de atenção. Assim, quando a criança conversa com amigos, ouve músicas e vê vídeos simultaneamente pela internet, ela tem mais dificuldade para perceber o que está ao seu redor. A falta de atenção provocada pela tecnologia também pode afetar os adultos.
“O uso excessivo de qualquer meio de comunicação (tanto o seu conteúdo como os aparelhos) influencia negativamente na percepção das pessoas, sejam jovens, sejam adultos. Isso acontece com a televisão ou com as redes sociais. O grande problema é o desequilíbrio e a falta de autonomia no uso desses meios”, afirma Senna.
Para o especialista, o exagero no uso das tecnologias está prejudicando a compreensão da comunicação não verbal, aquela que envolve a linguagem do corpo, como gestos e expressões faciais. “De certa forma, a linguagem corporal é como se fosse uma linguagem primitiva, básica, que todos nós entendemos. Ela comunica de forma muito especial as nossas emoções básicas: medo, surpresa, alegria, raiva, tristeza e aversão. Podem ocorrer prejuízos ao diminuirmos nossa capacidade de perceber emoções tão importantes”, diz.
Quem fica o dia inteiro em frente às telas tem menos tempo para fazer contatos reais com outras pessoas. Esse comportamento pode explicar a perda de sensibilidade para compreender a linguagem corporal e facial, segundo o psicólogo e neuropsicólogo Fábio Roesler. “Com o excesso de tecnologia, o contato corpo a corpo, frente a frente, humano, é extremamente menor do que antes”, justifica.
Roesler alerta que a falta de habilidade para identificar a linguagem corporal pode prejudicar laços sociais, principalmente com pessoas mais próximas. “Se não notamos como o outro está, que reações provocamos e como outros fatores interagem com as pessoas, perdemos um pouco do nosso próprio senso de realidade e estabilidade social”, acrescenta.
Mas, afinal, qual é a solução para manter a capacidade de interpretar a linguagem corporal sem deixar de usar celulares, computadores e tablets? Para os especialistas ouvidos pela Folha Universal, o primeiro passo é saber administrar o tempo gasto com a tecnologia. Confira ao lado mais dicas.
3 dicas para retomar a sensibilidade
• Olhe para o outro com atenção: tente compreender as pessoas que estão ao seu redor, observe os gestos e os movimentos do corpo e do rosto;
• Invista em atividades coletivas: troque atividades realizadas pela internet por programas que envolvam outras pessoas. Um exemplo é marcar um futebol com amigos, em vez de participar de jogos virtuais;
• Saia do mundo virtual: reserve um momento do dia para se afastar de celular, televisão, tablet e computador. Vale praticar exercícios físicos, estudar ou observar a sua cidade.
Fontes: Sérgio Penna, doutor em psicologia e professor do Instituto Brasileiro de Linguagem Corporal (Ibralc); Fábio Roesler, psicólogo e neuropsicólogo da Clínica de Cefaleia e Neurologia Dr. Edgard Raffaeli
SÃO PAULO - Volutários da UNIVERSAL de todo o Brasil visitam, diariamente, unidades da Fundação Casa. Em São Paulo, cerca de 150 pessoas acompanham o pastor Geraldo Vilhena, – responsável pelo trabalho no Estado – nas reuniões realizadas nos locais. Segundo dados da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência (SEDH/PR), no Brasil, o número de menores infratores que cumpre pena aumentou em 28%, entre 2002 e 2006. Em média, há nove adolescentes em regime de internação para cada um em regime semi-aberto. São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará são os Estados com maior execução para este regimeom o objetivo de ajudar na reintegração desses jovens na sociedade, há 10 anos a IURD conta com a ajuda de voluntários de todas as áreas para a realização do trabalho espiritual.
Durante os encontros, os internos recebem uma palavra de fé e de esperança. “Nós oramos para que eles sejam libertos dos problemas espirituais e possam receber a presença de Deus”, diz o pastor Geraldo. Semanalmente, são distribuídos cerca de três mil exemplares da Folha Universal e mensalmente mil livros e duas mil revistas Plenitude, para que os adolescentes possam conhecer, de uma forma diversificada, a Palavra de Deus. O grupo também organiza palestras sobre drogas, saúde da mulher – nas unidades femininas –, higiene e educação, além de oferecer doações e amparo aos familiares dos internos. No mês passado, cerca de 200 famílias do Complexo do Brás receberam lanches, roupas, calçados e brinquedos. “Durantes esses eventos, procuramos conscientizar todos sobre a importância de resgatar os valores da família, da formação da criança e do adolescente para a nossa sociedade”, explicou o pastor, acrescentando uma palavra de fé aos que estão sofrendo por terem algum parente sendo escravizado pelo mundo do crime: “Disse o Senhor que se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a su terra”, finali